quinta-feira, 3 de maio de 2012

Amor ...eterno amor?




            É engraçado quando algumas pessoas dizem que o amor dura para sempre, que se não durou é porque não era amor. Lógico que era amor! O amor é como uma plantinha, precisa de zelo, de cuidados, de calor, de alimento... De ambas as partes.Se ele morreu é porque foi abandonado a própria sorte, foi ignorado e tal como uma planta murchou.

            As pessoas hoje não querem responsabilidades, tudo ficou descartável, mas o que deveriam entender é que nenhuma relação que se estabelece com base no amor (marido e mulher; amigos; familiares em geral) se mantém sozinha. Todas elas precisam de um mínimo de cuidado, um telefonema, um agrado inesperado, palavras de afetos, companheirismo, respeito, etc. Para que as partes envolvidas se sintam valorizadas e especiais dentro desse núcleo de afeto.

            Em épocas de realidade virtual, de conteúdo free, de anonimato e redes sociais, se importar realmente com a vida de alguém, entrou no patamar de esforço oneroso. Curtir um comentário ou mandar um email, não é o suficiente para te classificar como um individuo próximo e amoroso, é preciso pele com pele, abraço beijo e cafuné; é preciso ouvir a voz e olhar nos olhos para se estabelecer um vinculo. Uma mãe não tem o primeiro contato com o filho via instagram, ela toca ele, sente a respiração, conta os dedinhos e estabelece um laço.
              Posso estar sendo antiquada, mas um monitor não me basta para saciar a saudade de bater um papo gostoso regado a um bom e velho tereré ou mesmo uma geladinha cerveja. Preciso de momentos como esse para construir uma história. E ter no histórico do computador que visitei tua pagina ou postei no seu mural, não serve de base para criar laços, eu quero mais e com sinceridade, me peçam mais, afinal também posso me seduzir pelas facilidade tecnológicas e me esquecer de que existe um mundo pra fora da minha janela.


Autora : Danielle Katayama

Nenhum comentário:

Postar um comentário