quinta-feira, 26 de abril de 2012

Vergonha

Da face tímida,
o vermelho cora as bochechas salientes.
Um buraco seria a melhor saída,
mas não há nenhum buraco.
Um pedido de socorro vem de dentro,
silenciado pelas pernas,
que não respondem a vontade de fugir.
O suor frio mancha a camisa,
que ficou menor junto com a nossa alma.
O coração fica apertado,
e um frio repentino alcança a espinha.
O enjoou na barriga,
parece bem maior que outras vezes.
E então sem poder fazer nada,
demonstro com certa raiva,
estar envergonhada.

Autora: Danielle Katayama

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